Inatingível Grêmio

Por motivo da minha vulnerabilidade socioeconômica que me obrigou a ser mais uma formiga operária nesse Brasilzão, só consegui ver a chuva de informações tendenciosas sobre as finanças do Grêmio agora e é por isso que falarei com um certo atraso.

Cada vez tem sido mais recente essas "notícias bombásticas" acerca da situação financeira do Grêmio e consequentemente muitos acreditam. É notório que o Grêmio passa por uma situação delicada no contrato da Arena, e que isso tem dificultado o curso natural das movimentações do clube. Isso não quer dizer que ele falirá, simplesmente é um absurdo essa alegação. Um clube grande, que tem uma nação de seguidores fanáticos é superior e inatingível a qualquer alegação dessas. Se há dificuldades, elas podem - e vão - ser superadas.

Nós contamos com a sabedoria e competência de um grande presidente que está na luta, não para evitar a falência, mas para garantir que os próximos anos sejam dourados para o Grêmio. Somos privilegiados! E junto dele tem muitos trabalhando com o mesmo objetivo, gente com capacidade e gremismo suficientes pra conseguir superar as tais dificuldades. Pessoas que luta por nossos ideais e é por isso que precisamos lutar com eles.

E nós como bons torcedores temos o papel de torcer e confiar nestes que nos representam, porque pra criar crise já tem quase toda imprensa sulista temerosa com a iminente volta do Grêmio ao rol dos tradicionais campeões.

Agora é hora de estarmos todos do mesmo lado, hasta la vitoria.

110 ANOS DE GREMIODEPENDÊNCIA

Desde o minuto em que nascemos somos submetidos à missão de escolher nosso time do coração, aquele que seguiremos para o resto da vida. Desde o minuto em que escolhemos nosso time, escolhemos também uma cor que obrigatoriamente deve ser a mesma pro resto da vida. Mas escolher o Grêmio vai além disso: é um contrato acordado, assinado, registrado, imutável e impossível de anulá-lo. É ter a ciência de que o Grêmio vai ser mais do que três cores, mais do que um time do coração. É um estilo de vida, uma tangente de personalidade, capaz de nos moldar conforme a lei da mística do tricolor, capaz de mudar nossos dias, nos fazer crer, nos esgotar e nos reavivar. 

É como uma substância química capaz de causar emoções e sentimentos de euforia, de alegria, destemor, união... mas também reações adversas de angústia, raiva, desilusão, agonia. É o céu e o inferno. A diversidade de sentimentos extremos que aceitamos vivenciar. É como uma substância que nos torna dependentes de uma forma tão inexplicável que nos faz acreditar ser impossível viver sem isso. Não aprendemos a viver sem isso. Simplesmente só sabemos viver assim. Essas emoções vivem com a gente desde a assinatura do tal contrato. Não há como se imaginar sem o Grêmio, afinal, ele nos moldou ao longo dos anos. Somos "gremiodependentes", sem clínica de reabilitação, sem anulação de contrato, sem antídoto pra essa doença que, tampouco, gostaríamos de nos curar. Parece que se abandoná-lo, ele se fragilizará, não terá a mesma força. Perderá um guerreiro, um coração, uma alma. Parece que somos um pedaço dele, como ele é uma parte de nós.

Desde o minuto em que nasceu o Grêmio, ele esteve submetido à missão de escolher os mais fortes de coração, os mais fortes de alma para o seguirem para o resto da vida. Desde o minuto em que ele escolheu seus seguidores, escolheu também sua fonte vida, o seu poder de reviver, a sua imortalidade. O sentimento incondicional da sua torcida é a única e gigantesca forma de sobrevier. 

O Grêmio é a outra parte contratante nesse acordo que envolve mútua sobrevivência e uma vida de emoção. Sabe que pra sobreviver precisa da torcida e que pra mantê-la é necessário ter luta, garra, união. É dependente dela, sua força vem dela, é ela que o torna imortal. É um "torcidardependente", só existe por causa dessa dependência, mas também não morre por causa dela. 

Não foi um contrato difícil de ser firmado, afinal, para o torcedor é fácil fazer parte de um Grêmio que sempre foi grande, pioneiro em suas conquistas, vencedor. Os efeitos colaterais valem a pena. Para o Grêmio também, pois tem a torcida que o torna indestrutível. São 110 anos de um contrato perfeito, de mútua dependência. Talvez seja esse o segredo do Grêmio e da sua mística. São 110 anos de glórias, 110 moldando pessoas a torcedores incondicionais. Parabéns, Grêmio. Temos sorte de ser os escolhidos!

#Grêmio110anos

Telecurso 2000 do futebol - A Tática do Círculo de Proteção.

Na tentativa de evitar sofrimento no próximo domingo e a agonia pré Grenal que nos assola a alma devido ao fato do nosso time não estar no seu melhor momento e desfacado, trago a vocês uma tática imbatível, invencível, infalível: A Tática do Círculo de Proteção.

É assim: quando tivermos a posse da bola, todos os outros 9 jogadores se abraçam, formando um círculo ao redor do jogador que estiver com a bola, e formando uma camada de proteção, como uma parede, assim nenhum adversário conseguirá tirar a bola daquele que está no centro (Hahahahaha). Todos juntos correm em direção ao gol adversário e entram no gol do Muriel, correndo mesmo, tudo dentro das regras do futebol. E pra defender, 2 linhas de 4 jogadores,  bem simples mesmo, e assim que recuperar a bola refazer a Tática do Círculo até o placar chegar nuns 25x0.

ATENÇÃO:
-"E SE O TIME ADVERSÁRIO USA ESSA MESMA TÁTICA?" É só tdos os jogadores ficarem atrás da linha da bola, e caracterizará impedimento, já que todos participam da jogada.

- "E SE ELES FIZEREM LINHA DE IMPEDIMENTO TB?" Ai quem estiver a frente do círculo sai antes da linha, abrindo passagem para o jogador que estiver no centro com a bola, corra até o gol.

HÁ VARIAÇÕES:
Provavelmente depois que o jogo estiver uns 9x0, o anão ficará zangado e tentará quebrar a parede de proteção circular. Então, essa parede circular pode rodar, rotacionar pra confundir o adversário.

O círculo pode até se transformar em retângulo e por que não agradar o Renato formando um losango de proteção?

Vejam a ilustração, mas atenção: É MONTAGEM.

Alguém entrega isso pro Renato e vamos copar o Grenal.

Reforma Gremista

Sabe, o problema do Grêmio não é o treinador, não é o time, não é a escalação, nem o esquema-tático. Não são os Crises nem os juízes mal-intencionados. Esses são apenas os pontos finais onde o nosso real problema estoura. Também não é o presidente, quem acredito que está fazendo o possível, assim como o departamento de futebol. O Rui Costa, também, se mata ao fazer contratações, e diga-se muito boas, em tempo recorde. Então, qual é o problema, gente? Ele está na instituição. Na alma, no que o Grêmio se tornou. Essa incansável luta que muda de lado a cada ano para provar quem deve permanecer no clube ou não. A cada presidente que entra, NÃO IMPORTA QUEM, tem cronometrado o tempo pra provar em um ano que é o salvador. Ter que fazer, em um ano, o time ser campeão! Iniciar a cada ano um novo projeto, com novas metas - que tem prazo máximo de 1 ano para se tornarem realidade! Não tem como continuar assim... não tem. O clube deve rever conceitos, parar, colocar os pés no chão, repensar.

Corrigir esses erros que estão acontecendo ano após ano, esse planejamento com prazo imediato. Quando falo o clube, quero dizer  alguém, sei lá, os cabeças do clube, nem sei quem citar nessa hora, talvez algum ser humano com presença espiritual, carisma, discernimento e clareza suficientes para ser ouvido por todas as partes, alguém que seja capaz de fazer-se entender e, principalmente, fazer o restante acreditar que o único caminho pra um clube ser campeão - licitamente - é com planejamento que demande a cooperação de TODOS, sem distinção de raça, sexo, religião e sobretudo, sem distinção de pensamento ideológico, por um grande período de tempo!

O Grêmio não é um SPA de expansão de ego ou uma vitrine para auto-exposição.  O Grêmio é a vida de muita gente, a minha, inclusive.

Entendo que no próximo jogo podemos golear e o discurso passa a ser outro. Tudo se esquece, as esperanças se avivam. No entanto, o problema é sanado?

Enfim, essa é a minha primeira teoria. A segunda , é que o universo é regido por alienígenas colorados amigos do Fernando Carvalho que tem por missão de nos avacalhar eternamente.

Mas acredito mais na primeira.

PARCERIAS QUE PODEM GARANTIR O FUTURO

Dentre as inúmeras vantagens que essas parcerias podem proporcionar, a principal delas, ao meu ver, é conhecimento privilegiado que o Grêmio pode ter junto ao Borussia sobre a forma como eles saíram da crise em 2003. Pra quem não sabe, à beira da falência e com credores às portas, o Borussia tinha uma dívida que beirava os 200 milhões de euros, mas com profissionalismo, gestores competentes e um pensamento econômico de acordo com a evolução do capitalismo mundial, o Borussia, hoje, detém uma das maiores receitas entre os clubes da Alemanha.

O Borussia passou a intensificar seus esforços na matéria-prima do futebol: a criação de novos craques. Percebendo que só essa seria sua fonte de dinheiro, o BVB juntou seus esforços na base, e em 10 anos chegou à final da UCL.

Ao meu ver, o interesse da direção em abrir novos mercados investindo em parcerias foi de suma importância e vai ser um grande passo da direção do Grêmio se isso se concretizar. A base do Grêmio foi deixada de lado nos últimos anos e é justamente o que fortalece o clube. Esse é um erro gigantesco e eu espero que sua correção esteja como meta da atual direção. A formação de jogadores é a matéria-prima a ser extraída pelo clube, é o primeiro passo pra tornar o clube forte (também financeiramente) e campeão. Penso até que a nossa falta de identidade venha daí: escassez de jogadores que se desenvolveram de acordo com as características do Grêmio. Investir na base foi um dos primeiros atos de Fernando Carvalho no Inter, os inúmeros títulos não vieram do acaso.

SEJAMOS GRÊMIO!

Agora é hora de ser Grêmio. Apesar da vergonhosa queda na Libertadores que ainda amarga nossos corações, o ano não acabou. O técnico, que a grande maioria (inclusive eu) queria que caísse, permanece no cargo, essa é a decisão final. Uma decisão tomada pela convicção do nosso grande presidente, que hoje pode ter feito uma das maiores conquistas do clube: o ajuste no contrato com a OAS. Digna de um grande entendedor do Direito, digna de um grande entendedor de Grêmio. Isso cala aqueles que, talvez motivados pela derrota, ousaram atestar a incapacidade do mesmo em gerir o clube. E é por esse feito de hoje que eu confio na decisão do nosso presidente.

A convicção dele é a mesma que já esteve presente em outros anos vitoriosos, e é nela que precisamos confiar! O que poderia ter sido feito fica no passado, precisamos lidar com o presente que é daqui pra frente. O Grêmio é maior que um técnico, nós somos o Grêmio! É a camisa tricolor que vai estar em campo domingo, e é ela que devemos apoiar. Agora é hora de ser Grêmio, é hora de confiar, é hora de torcer pelo clube, e não pelo treinador. O Grêmio precisa de força!

Sejamos todos torcedores sob a luz do discernimento, sejamos Grêmio!

PROCURA-SE O GRÊMIO

O Grêmio está morto. Luxemburgo matou o Grêmio, sugou seu espírito, sua alma de guerreiro. Ontem, não era o Grêmio em campo. Aquele time que vestia a camisa tricolor não era o Grêmio, não podia ser. Um clube que detém um dos melhores elencos da América, derrotado pela incapacidade de um técnico em fazer o time jogar. E não é taticamente. É um time que não envolve, porque não tem alma! Porque entra num jogo contra um adversário extremamente inferior, pra jogar pelo empate, pelo regulamento! Há uns anos atrás a altitude era a mesma, e eu não via um Grêmio acuado, com receio de atacar, de correr.

O Grêmio 2013 é o retrato do seu treinador: um time sem honra, um time covarde. Me dá vergonha torcer pra um time que joga assim. E arrisco dizer: infelizmente não é só o técnico que é fraco dentro desse clube.

Não sei se alguém ouviu ontem a entrevista do Marcos Chitolina na Gaúcha após o jogo: "olha, eu acho que o jogo não foi tãão bom. Na minha opinião né. Acho que, na minha opinião, o jogo não foi bom pras duas equipes". Nitidamente, ele estava receoso com o que dizer... vai ver ele pensou que a imprensa usaria o que ele disse contra ele mesmo (como se a situação pudesse piorar).

O Grêmio está cheio disso: gente sem culhão. Sem raiva, sem emoção. Gente com medo, gente que não sabe o que é ter sentimento. A cara do que está o Grêmio hoje. A culpa não é desse senhor, óbvio que não. A culpa é de todo mundo que está no Grêmio sem o mínimo de gremismo. Esse departamento de futebol do Grêmio parece ser dirigido por androides! Não corre sangue nas veias desses caras? Pelo amor de Deus! Sejam um pouco, pelo menos um pouco, torcedores!

Meu único apelo ao Sr. Koff (em quem confio com todas as forças) e aos próximos presidentes que o Grêmio venha a ter na história do mundo, independente de ideologia, independente de quem for: que os próximos treinadores do Grêmio tenham o mínimo de valores, pois uma pessoa que não defende nem a própria honra, ou que a coloca em xeque de uma forma tão branda, não merece pisar no Grêmio nem mesmo como visitante.

O ELEFANTE BRANCO (e vermelho)

Desde a inauguração da Arena em dezembro do ano passado, os principais jornais do estado não deixam de publicar insistentemente os diversos impasses acerca do contrato firmado entre Grêmio e OAS, ou possíveis instabilidades entre o Grêmio e a APA, sempre colocando em dúvida a sobrevivência do clube no decorrer desses anos de contrato.

Pois bem, o Grêmio tem assegurado em contrato - vale ressaltar: foi desde o início explanado aos torcedores - a renda dos namig rights, sector rights repassados dentro dos 65% de toda a lucratividade da APA, seja em ingressos, shows e etc, além de 7 milhões ao final de cada ano, por 7 anos, após o que o valor repassado ao Grêmio aumenta. Ainda, vamos ter um CT novo, além da Arena não ser a garantia do negócio, ressaltando ainda que nosso estádio é novo, com custo estimado em 600 milhões.

Lendo uma reportagem do Correio do Povo, me chamou a atenção a entrevista com o senhor Max Carlomagno, presidente da comissão de obras do BRIO:

"(...).Por fim, a cessão dos ativos que remunerarão a Brio (renda de camarotes, cadeiras VIPs, catering, estacionamento, shows, publicidade, naming rights), que em sua maioria absoluta eram inexistentes, vão gerar uma perda de receita de menos de 4% de seu orçamento anual. Pensamos que não passe de R$ 7 milhões por ano." grifei.

  

"BRIO" é a superficiária do estádio vermelho, como a APA é da Arena. Esse senhor nos explica que o Internacional vai ceder à BRIO toda a renda dos camarotes, cadeiras VIP, estacionamento, shows, publicidade, carering e ainda os naming rights. Pra vocês terem uma noção, estas são as principais fontes de renda que um estádio novo proporciona e são exatamente essas que o Inter vai ceder à superficiária. O dirigente ainda destaca: "que em sua maioria absoluta eram inexistentes". É óbvio que eram inexistentes. O antigo estádio não dispunha de cadeiras VIP, estacionamento, a publicidade que só se faz presente em um estádio moderno e sequer tinha à venda o nome do estádio! Essas são as vantagens de um clube modernizar a sua casa: poder explorá-la!  

Contudo, ainda é pouco. A cessão desses ativos, vão gerar no mínimo 4% de PERDA do orçamento ATUAL.  Isso significa que vai regredir. Isso mesmo. As receitas do clube alvi-rubro vão cair. Mas calma, só vão cair em torno de uns 7 milhões por ano. É uma estimativa, não se sabe ao certo o valor.

O dirigente ainda ressalta:

 "O Inter, por meio do modelo de negócio de parceria estratégica, pode permanecer focado naquilo que mais sabe fazer: montar times de futebol profissional; identificar, captar e desenvolver novos talentos; fazer a gestão da sua marca; desenvolver relacionamento com seus sócios e torcedores. Também preserva suas receitas fundamentais (sócios e bilheteria, TV, marketing, venda de jogadores) e potencializasse sua receita de estádio. (...)"

UFA! Eles ainda podem montar times de futebol profissional! Por um instante pensei que não tínhamos mais rival. Ah, eles podem também vender jogadores, muito bem colocado pelo dirigente. Na entrevista, ele também diz que a parceria durará 20 anos, ou seja, este é o período que o Inter terá que sobreviver com a renda de 80% das cadeiras, sem participação no lucro de shows, nem em estacionamentos, nem em naming rights, nem em exploração de setores mais nobres do estádio, tampouco na sua publicidade.

Não obstante a exploração  que sofrerá o Inter pelas próximas duas décadas, ainda há a especulação de que o Beira-Rio seja a garantia do negócio. Se isso for real, o Beira-Rio corre o risco de ser penhorado, caso a BRIO não cumpra com suas obrigações. Além disso, o custo de manutenção em função do incremento de elementos que qualificam o equipamento, aumenta consideravelmente, tendo em vista que o Beira-Rio passou por reformas recentemente, ou seja, não tinha necessidade física de remodelação.

Sendo assim, compreendi que o Grêmio, tendo um estádio novo, alçado em 600 milhões, vai contar com 65% da lucratividade mais um valor anual, além de deter os naming rights, um Centro de Treinamento novo, uma lucratividade aumentada consideravelmente em relação ao Olímpico e poderá explorar sozinho ou em porcentagem com a superficiária demais setores da Arena. Já o Inter terá um decréscimo nas receitas, além de ceder ativos à superficiária sem receber nenhum valor durante os 20 anos. Pergunto: 

Quanto the hell vai custar ao Inter um estádio reformado?

Incrivelmente, os dados apresentados através dessa entrevista não receberam um maior destaque na imprensa gaúcha. Vai ver, não é do interesse local. Ou apenas não é bom que se torne!

Fonte da entrevista: http://www.correiodopovo.com.br/Esportes/?Noticia=496595

Um Grêmio de 2 cérebros

O Grêmio estava truncado, não conseguia ter tanta presença no ataque, nem apresentar perigo ao adversário, no entanto, passou a jogar melhor após a saída do Adriano. Não é demérito do Adriano, frise-se, pois ele sempre tem entrado bem e com muita garra. E sim, pela mudança na postura do time. Com a entrada de Alex, André Santos passou a jogar pelo meio campo, e com isso o meio começou a fluir.

André é um jogador técnico, com certa inteligência e isso fez com que o Zé tivesse alguém para pensar junto com ele. Não foi nem perto do ideal, mas o jogo passou a ser um pouco mais leve, tabelado (não faziam isso há vários jogos), e com jogadas mais trabalhadas. Isso reforça a tese de que nosso principal problema é a falta de Elano no meio campo, único que acompanhava as jogadas do Zé. Elano se posta de tal forma em campo, que mesmo jogando mal, consegue deixar um dos volantes mais próximos da zaga, e por isso também jogamos defensivamente melhor com ele.
Desta forma, já desbanca-se a tese do 3-5-2, uma vez que Zé seria o único meia, e o apoio dos alas não seria o suficiente na criação das jogadas, ainda mais porque com a zaga que temos, um só volante seria suicídio (essa parte do 3-5-2 é pra um amigo meu que acreditava nesse esquema hihih :D).

André, hoje, ajudou zé no quesito cerebral. Apoiou, tabelou com ele e os atacantes, apesar de não ter recebido destaque dos comentaristas.

Enfim, obviamente não foi nem próximo da técnica que o time deve - e pode - ter, mas isso deixa mais óbvio que o time é dependente dos nossos 2 meias. Infelizmente, vamos ter o mesmo problema no próximo jogo, haja vista a suspensão de zé.
Seria inteligente por parte do Luxa, se ele repetir essa tática com Fábio Aurélio e André Santos. São pequenos ajustes, afinal o principal provamos que temos: a raça.

ELES QUEREM ENFRAQUECER A ARENA - Parte II

 (Para entender os números do contrato da Arena, bem como o texto abaixo, sugiro que leia: "Eles querem enfraquecer a Arena - Parte I")

O que realmente está prejudicando o clube é que o Grêmio não tem o Habite-se junto à Prefeitura, e assim não conta com o lucro das bilheterias, alimentação, naming rights (nome da Arena), pouring rights (a concessão de exclusividade para fornecimento de comidas e bebidas no estádio) e sector rights (espaços exclusivos para setores comerciais), algo que mudaria completamente o cenário da situação.

Esse documento ainda não foi gerado, porque são realizadas vistorias por parte da Prefeitura e Bombeiros e são encontradas supostas irregularidades como a falta de piso antiderrapante, altura de alguns degraus de acesso e a falta de corrimão em alguns setores. 

No entanto, no estádio Beira-Rio, foram permitidos jogos inclusive em meio às obras.

Vejam esse vídeo:

Se é tudo em prol da segurança do torcedor, há incoerência nos fatos supra citados. Mas nada nesse mundo é por acaso, caro leitor. Nem a incoerência. Há alguns dias acompanhamos as reportagens dos proféticos jornalistas que apostam na impotência do Grêmio diante dessa situação. Um deles chegou a dizer que o Clube teria vendido a alma ao capiroto. Outro, que o clube pagaria 2 bilhões de reais ao final dos 20 anos. Ou, que o Grêmio faliria em 3 anos. A imprensa a todo custo tenta afundar o Grêmio e a Arena perante o torcedor, e faz isso com tanto afinco, que parece querer mais do que vender a notícia de um time em crise, somente.

Talvez, seja mais do que isso mesmo. Mais claramente falando, é realmente muito estranha toda essa problemática em cima da Arena, essa demora na liberação dos documentos necessários, a imposição de cadeiras no setor da Geral, sendo que não há obrigatoriedade disso, enquanto no estádio vermelho, tudo é mais simples, fácil e ágil. Lá, por exemplo, os números contratuais até hoje não chegaram aos olhos do torcedor, e por que a imprensa não questiona isso?
Não lhe parece estranho que no exato momento em que o Grêmio luta para integrar os 4 presidentes envolvidos na construção da Arena, a RBS ouviu e deu espaço apenas ao ex-presidente Paulo Odone, com no mínimo 3 entrevistas em menos de dois dias?

Para comprovar isso, é só dar uma olhada no teor das reportagens feitas a partir das entrevistas do ex-presidente:

"Paulo Odone sugere que Fábio Koff 'assuma' o Grêmio"

"Odone indica 'periferias' em críticas à Arena e sugere que Koff gasta demais"

Para alguém que não ouviu as entrevistas, parece que o entrevistado usou dos meios de comunicação pra jogar pedras na atual administração. Mas não foi exatamente isso que aconteceu, as entrevistas trouxeram sim um certo alívio ao torcedor, que andava atordoado com as profecias sobre o "Fim do Grêmio" do jornalismo esportivo gaúcho.

Há sim um nexo causal, parece que as coisas se encaixam. Mas pra isso, a RBS teria que ter "interésses", não?

A razão de tudo residiria no fato de que, a grande empresa veiculadora de comunicação do estado, a RBS, por ser dona de uma empresa de eventos, almejaria a gestão da Arena e, por esta razão, o enfraquecimento da gestão atual a favoreceria. Fragilizando o Grêmio e a APA, consequentemente abalaria ainda mais a relação do Grêmio com a OAS, do torcedor com a Arena, aumentando os protestos da torcida tricolor e um possível apoio às mudanças que pretende.

Se parares para pensar, tu notarás que, na medida em que as notícias são veiculadas, maior o repúdio, a revolta e o desprezo do torcedor. Maiores são os protestos, menor é a satisfação do público em relação à Arena. Eles estão matando o orgulho que sentíamos de ver aquele gigante estádio sendo construído. E uma coisa foi bem falada pelo nosso ex-presidente: "a Arena só vai dar certo se for o orgulho dos gremistas". Nós, o povo, somos a força que move um país, que liberta... mas que também condena. E esta força está sendo direcionada para o lado que mais convém aos vendedores de notícias. Estamos sendo o meio utilizado para empobrecer um dos maiores feitos do clube até agora: o novo estádio. Estamos desacreditando, enfraquecendo, condenando.

Nesse sentido, torçamos juntos por essa oportuna união dos quatro presidentes. Precisamos confiar que Raul Régis, Paulo Odone, Duda Kroeff e Fábio Koff, juntos, vão encontrar a melhor alternativa para a Arena. É evidente que há melhorias a serem feitas, tais como o local dos sócios e a agilidade na venda dos ingressos. Mas decretar a falência de um clube como o Grêmio é, acima de tudo, um golpe baixo. É ser desleal com o torcedor. É induzi-lo ao erro de desacreditar, por um instante que seja, na grandiosidade do time que ele torce. Embora, sem saber, ele seja a resposta e a solução de todo esse impasse.

"Todo o poder emana do povo...", já avisa a nossa Lei Maior.



Agradecimento especial: Marcel Falkembach.

ELES QUEREM ENFRAQUECER A ARENA - Parte I

Ultimamente, muito tem sido visto nos principais jornais do estado, o impasse entre o Grêmio e a OAS sobre a Arena. Tem-se falado sobre um valor estimado em 41 milhões de reais, que o Grêmio teria que pagar a OAS por ano, devido aos lugares dos sócios na Arena. Por causa desse valor, a imprensa decreta, em suas matérias, uma iminente falência do clube.

Ora, não é estranho que tenhamos trocado um estádio velho, justamente por nos trazer prejuízos, para agora falirmos com um novo?

Explico. Na migração dos sócios, onde cada um escolhe seu lugar na Arena, o Grêmio tem o dever de pagar para superficiária o valor dos ingressos. O clube constatou que para diminuir esse valor e não pagar o preço de bilheteria, o Grêmio deveria comprar todo o quarto anel por 1 ano, já que o estudo de viabilidade realizado pelo Clube concluiu que a maioria dos sócios migraria para lá. Os 28 mil migrantes resultam nesses 41 milhões de reais, somados à média de todos os jogos que vão ocorrer na Arena este ano. Frise-se que esse contrato poderia ser desfeito a cada 2 meses, sem ônus às partes; logo, se o Grêmio não conseguir cumprir a obrigação, o acordo poderia ser desfeito e o clube pensaria em outra forma de garantir o lugar do sócio.

O Grêmio não tem que pagar valor anual a OAS. Existe a Arena Porto-Alegrense (APA), empresa gestora da Arena, que é formada pelo Grêmio e a OAS. Esta é a superficiária e é pra ela que deve ser pago o valor dos ingressos, dos quais 65% da lucratividade retorna ao Grêmio. A dificuldade em cumprir com o contrato reside no fato de que a lucratividade é dividida em cada final de semestre, mas o Grêmio comprou esses lugares em 12 parcelas.

Não bastasse isso, o Grêmio luta para conseguir o Habite-se junto à prefeitura (documento que comprova que um empreendimento ou imóvel foi construído de acordo com as exigências). Enquanto isso, as áreas comerciais não podem ser implementadas, além da efetivação das obras no CT e do pagamento do financiamento. Assim sendo, a receita não vai ser a esperada, uma vez que a rentabilidade da Arena vai ser menor nos primeiros anos. Isso poderia inviabilizar o clube: a falta de capital de giro até a divisão dos lucros a cada semestre.

Entretanto, após os primeiros anos, estima-se que o Grêmio receba em torno de 5 milhões de reais por mês só com os lucros da Arena. Outro detalhe importante é que ao final do segundo semestre, a APA paga ao Grêmio 8 milhões por ano nos primeiros 7 anos, e 17 milhões nos últimos 13. Portanto, o Grêmio teria muito a lucrar, apesar de correr o risco de ter uma economia encurtada nos primeiros anos. É algo que vai ser bem analisado agora, para, num futuro próximo, termos a certeza de que a Arena foi realmente um divisor de eras.

ZÉNIAL

 Pela primeira rodada da Taça Farroupilha do Campeonato Gaúcho, o Grêmio confirmou as expectativas com uma boa vitória: Zé Roberto 2 x 0 Lajeadense. Sem dúvida nenhuma, ele foi o cara do jogo. Marcou, armou jogadas, cadenciou o jogo e fez os dois gols da partida. O segundo merece destaque, foi uma pintura. Após bela jogada de Vargas, o camisa 10 tricolor encobriu o goleiro com uma cavadinha providencial.

Aos 38 anos, Zé Roberto voa em campo, surpreendendo os cartolas do eixo que hoje já o colocam na próxima convocação de Felipão. A experiência, a boa forma física e a inteligência com as quais vem jogando no Grêmio, impressionam os torcedores que o elegem como o melhor camisa 10 atuando no país, no momento.

Questionado sobre a Seleção, Zé Roberto desconversou, dizendo que seu foco é o Grêmio e seu sonho é conquistar um título pelo clube: "- A Seleção é consequência de um bom trabalho", afirmou. Zé Roberto é apontado como o jogador com a experiência necessária pra Copa 2014, e o seu desempenho em campo reforça isso.

A boa fase no Grêmio fez com que ele se tornasse um ídolo da torcida. Ela se identificou com ele, e ele com o Grêmio:

"- Nunca me identifiquei tanto com um clube como me identifiquei com o Grêmio", disse Zé após o término do jogo deste sábado.

 No aguardo do craque vestir a amarelinha, o torcedor presencia o Zénial no próximo jogo, quarta-feira às 22:00, contra o Pelotas, na Boca do Lobo. O Grêmio se foca no Gauchão em busca da Taça do returno, já que a próxima partida pela Libertadores acontece só no dia 10 de Abril, contra o Fluminense.

GAUCHÃO - O ILUSIONISTA!

Pai do ilusionismo local, maior inflador de egos de cartolas do sul do país e fábrica incansável de novos Pelés: O Campeonato Gaúcho. Não há em nenhum outro lugar da Terra uma competição mais ilusionista que essa. Aposto pilas. 

Como qualquer amante do futebol, assistia hoje à partida de Internacional x Esportivo, enquanto trocava de canal para acompanhar lances de Santos x Corinthians, quando o super Pelé branco dos pampas melhor-jogador-FIFA-da-copa-de-3-anos-atrás deu um belo chute de fora da área marcando o primeiro gol. De fato, foi um belíssimo gol, evidente que foi. Foi então que eu ouvi de um colorado que enlouquecido gritou: "-DÁ-LHE FORLÁN, TU É MEU CRAQUE, TU É FODAAA!" e eu não dei muita atenção, afinal na hora do gol, somos acostumados a desativar o filtro natural que há entre o pensamento e as palavras. Troquei mais algumas vezes de canal, voltei no jogo de Caxias, porque lá no Paulistão não acontecia nada de mais. 

O Esportivo se movimentava mais que no primeiro tempo, e mal posicionado, abriu um hectare de espaço sem ninguém pra marcar na meia-cancha. Logo falei para os colorados que ali estavam: "- O inter vai fazer mais, olha o espaço dos caras..". Não deu outra. Forlán pega a bola, caminha, puxa pra um lado, pro outro, bate e é gol. Evidente que isso iria acontecer, qualquer um que assiste futebol sabia que isso iria acontecer, até o próprio Esportivo deve ter imaginado que isso iria acontecer, menos a mente movida de ilusões do nosso rival. É aí que eu escuto a frase mais inacreditável de 2013: "- FORLÁN É O MELHOR JOGADOR DA AMÉRICA!!!!" e o outro: "- MEU DEUS, OLHA O QUE ELE FEZ COM A BOLA, ENTORTOU O ZAGUEIRO, ELE FAZ O QUE QUER!!". 'Meu Deus' digo eu. Quase pedi por favor para pessoa repetir, eu não acreditei. Aliás, ainda não estou acreditando, e é por isso que escrevi isso, pra eu sempre ler e tentar acreditar a cada vez que leio e me convencer do poder mágico de ilusão que detém esse campeonato!

Era um jogo semi-final do primeiro turno do Gauchão contra o Esportivo de Bento. Todo respeito ao adversário, mas isso era o MÍNIMO que o 4lã devia ter feito! Gol! Simples, coloquem os pés no chão! Ainda tive que ver o Dunga dizer em alto e bom tom perto dos microfones: "-Fizeram reunião pra me expulsar, eu sei, fizeram reunião pra me expulsar", dirigindo-se aos árbitros. Dunga, meu anjo, por que the hell fariam isso? AH, me esqueci que é uma semi-final de uma competição importantíssima que sem a sua presença, teu time perderia o jogo, e isso é digno de conspiração contra a tua pessoa! Pelo amor de Deus, cara! Não obstante o relatado acima, Damião saiu de campo aplaudido em pé (!!!!) pela torcida. Inacreditável o que essa competição faz. 

É um stand up comedy protagonizado todo o ano pelo time que não tem nada de melhor pra fazer, que nesse caso é o Inter. Infelizmente, meu time já foi o protagonista, e nós tricolores os pagadores do ingresso desse teatro da vida real, dessa ilusão que dura 4 meses. Esse ano estou livre, estou de espectadora dessa comédia,que a cada dia que passa se torna mais engraçada, devido ao nível de ilusão que afunda o lado vermelho.

 Dessa forma, não tenho como deixar de dizer: muito obrigada, Gauchão! Pelo menos por esse ano! Obrigada por esconder os péssimos jogadores, fantasiar os bons e o melhor: desviar a atenção da torcida pra péssima administração do clube! Tu é demais! Só te peço uma coisa: que no ano que vem a ilusão não vista azul, por favor!