quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A incompatibilidade de Zé Roberto com a nova perspectiva tática de evolução do futebol.


Chegou a hora de falarmos do Zé Roberto. Zé é um bom jogador, é inteligente, lutador, mas infelizmente ele não condiz mais com a perspectiva de jogo que o Grêmio deve ter. O futebol evoluiu e hoje a velocidade na criação das jogadas é o fator mais decisivo de um jogo. Essa é a característica dos times europeus e que bem lentamente alguns times do Brasil estão tentando copiar. Cruzeiro e Galo foram adeptos ao estilo de jogo rápido, com chegada dos meias, dos pontas, com vários jogadores capazes de criar jogadas em velocidade e não dependentes de um só. No Brasil, o futebol cultivado aqui foi por décadas aquele dependente de um só jogador cerebral, onde sempre sua principal característica era o passe desconcertante. Mas esse método é arcaico, é lento, torna o time previsível e esse criador é facilmente anulado pela marcação adversária culminando no fracasso de todo time. Esse é o caso do Grêmio e Zé. Pode ser que os simpatizantes demorem de 4 a 5 semanas pra chegarem a essa conclusão, mas ela acontecerá.

Partimos do princípio que Zé não é camisa 10. O que acontece então? A marcação anula Maxi. A nossa única chance de criação acaba sendo, ERRONEAMENTE, Zé Roberto, que não tem estilo veloz de criação nem objetividade, um pecado grave nos dias de hoje. Sim, ele corre muito, mas sem a bola e não é isso que precisamos (já temos volantes que chega). O Grêmio tem jogadores aptos a jogarem na criação e em velocidade, é o caso de Maxi, Jean Deretti e Alan Ruiz. Além deles temos Wendell e Luan que mesmo não sendo criadores, jogam com esse estilo objetivo e de raciocínio rápido para moldar jogadas. Enderson falha e muito em travar o Grêmio dessa forma, se não bastasse, escalando Kleber. 

Por fim, o futebol sul americano em si é atrasado, limitado, com apenas 1 jogador de criação, na maioria das vezes; esse deveria ser um ponto ao nosso favor na Libertadores, mas vai depender do técnico tirar do time quem precisa sair, quem trava essa evolução que o Grêmio precisa ter no seu modo de jogo feio, travado e pouco cerebral. O Grêmio tem as peças pra se adaptar e já deveria ter feito isso. Só sobrevive quem se adapta.

Grêmio, logo existo.