terça-feira, 2 de abril de 2013

ELES QUEREM ENFRAQUECER A ARENA - Parte II

 (Para entender os números do contrato da Arena, bem como o texto abaixo, sugiro que leia: "Eles querem enfraquecer a Arena - Parte I")

O que realmente está prejudicando o clube é que o Grêmio não tem o Habite-se junto à Prefeitura, e assim não conta com o lucro das bilheterias, alimentação, naming rights (nome da Arena), pouring rights (a concessão de exclusividade para fornecimento de comidas e bebidas no estádio) e sector rights (espaços exclusivos para setores comerciais), algo que mudaria completamente o cenário da situação.

Esse documento ainda não foi gerado, porque são realizadas vistorias por parte da Prefeitura e Bombeiros e são encontradas supostas irregularidades como a falta de piso antiderrapante, altura de alguns degraus de acesso e a falta de corrimão em alguns setores. 

No entanto, no estádio Beira-Rio, foram permitidos jogos inclusive em meio às obras.




Se é tudo em prol da segurança do torcedor, há incoerência nos fatos supra citados. Mas nada nesse mundo é por acaso, caro leitor. Nem a incoerência. Há alguns dias acompanhamos as reportagens dos proféticos jornalistas que apostam na impotência do Grêmio diante dessa situação. Um deles chegou a dizer que o Clube teria vendido a alma ao capiroto. Outro, que o clube pagaria 2 bilhões de reais ao final dos 20 anos. Ou, que o Grêmio faliria em 3 anos. A imprensa a todo custo tenta afundar o Grêmio e a Arena perante o torcedor, e faz isso com tanto afinco, que parece querer mais do que vender a notícia de um time em crise, somente.

Talvez, seja mais do que isso mesmo. Mais claramente falando, é realmente muito estranha toda essa problemática em cima da Arena, essa demora na liberação dos documentos necessários, a imposição de cadeiras no setor da Geral, sendo que não há obrigatoriedade disso, enquanto no estádio vermelho, tudo é mais simples, fácil e ágil. Lá, por exemplo, os números contratuais até hoje não chegaram aos olhos do torcedor, e por que a imprensa não questiona isso?
Não lhe parece estranho que no exato momento em que o Grêmio luta para integrar os 4 presidentes envolvidos na construção da Arena, a RBS ouviu e deu espaço apenas ao ex-presidente Paulo Odone, com no mínimo 3 entrevistas em menos de dois dias?

Para comprovar isso, é só dar uma olhada no teor das reportagens feitas a partir das entrevistas do ex-presidente:

"Paulo Odone sugere que Fábio Koff 'assuma' o Grêmio"

"Odone indica 'periferias' em críticas à Arena e sugere que Koff gasta demais"

Para alguém que não ouviu as entrevistas, parece que o entrevistado usou dos meios de comunicação pra jogar pedras na atual administração. Mas não foi exatamente isso que aconteceu, as entrevistas trouxeram sim um certo alívio ao torcedor, que andava atordoado com as profecias sobre o "Fim do Grêmio" do jornalismo esportivo gaúcho.

Há sim um nexo causal, parece que as coisas se encaixam. Mas pra isso, a RBS teria que ter "interésses", não?

A razão de tudo residiria no fato de que, a grande empresa veiculadora de comunicação do estado, a RBS, por ser dona de uma empresa de eventos, almejaria a gestão da Arena e, por esta razão, o enfraquecimento da gestão atual a favoreceria. Fragilizando o Grêmio e a APA, consequentemente abalaria ainda mais a relação do Grêmio com a OAS, do torcedor com a Arena, aumentando os protestos da torcida tricolor e um possível apoio às mudanças que pretende.

Se parares para pensar, tu notarás que, na medida em que as notícias são veiculadas, maior o repúdio, a revolta e o desprezo do torcedor. Maiores são os protestos, menor é a satisfação do público em relação à Arena. Eles estão matando o orgulho que sentíamos de ver aquele gigante estádio sendo construído. E uma coisa foi bem falada pelo nosso ex-presidente: "a Arena só vai dar certo se for o orgulho dos gremistas". Nós, o povo, somos a força que move um país, que liberta... mas que também condena. E esta força está sendo direcionada para o lado que mais convém aos vendedores de notícias. Estamos sendo o meio utilizado para empobrecer um dos maiores feitos do clube até agora: o novo estádio. Estamos desacreditando, enfraquecendo, condenando.

Nesse sentido, torçamos juntos por essa oportuna união dos quatro presidentes. Precisamos confiar que Raul Régis, Paulo Odone, Duda Kroeff e Fábio Koff, juntos, vão encontrar a melhor alternativa para a Arena. É evidente que há melhorias a serem feitas, tais como o local dos sócios e a agilidade na venda dos ingressos. Mas decretar a falência de um clube como o Grêmio é, acima de tudo, um golpe baixo. É ser desleal com o torcedor. É induzi-lo ao erro de desacreditar, por um instante que seja, na grandiosidade do time que ele torce. Embora, sem saber, ele seja a resposta e a solução de todo esse impasse.

"Todo o poder emana do povo...", já avisa a nossa Lei Maior.



Agradecimento especial: Marcel Falkembach.

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