Em meio às mais diversas especulações da imprensa de todo
Brasil, o nome que todos descartaram foi o escolhido: Luiz Felipe Scolari. Felipão
agora é Grêmio e, com ele, Fábio Koff contratou uma massa de torcedores
inteira.
Embora a aceitação da torcida tenha sido imediata, cartolas
feat comentaristas do futebol foram uníssonos: “Felipão está defasado”, “Depois
de levar 7x1, Felipão assume o Grêmio”. A insistência em rotulá-lo como uma má
contratação tem sido tanta que me pus a pensar, mas logo foi fácil
entender: a fusão
Grêmio-Felipão revive as alegrias dos gremistas e reabre as feridas dos rivais.
É compreensível esse desespero em diminuir um vencedor. É uma fusão que
refresca a memória de quem já havia começado a esquecer o futebol de raça do
clube mais aguerrido do Brasil. Felipão no Grêmio significa, acima de tudo, uma
identificação completa com a história e personalidade gremista e gaúcha. É um
encontro de almas.
Mas
além da velha identificação com o clube, Felipão e Grêmio têm um desejo em
comum: ressurgir. Dois multicampeões contestados, diminuídos, “ultrapassados”. Felipão
quer mostrar pra os críticos que ainda é um grande entendedor de futebol.
Grêmio tem time para brigar por título e agora traz consigo um técnico com
capacidade de tornar isso real e com sede de provar isso para todo mundo. Esse é o motivo de
Grêmio-Felipão ter impactado tanto no Brasil, porque relembram a força do
Grêmio, tremendo as pernas até do mais cético comentarista de futebol. São 11
títulos que os unem, o renascimento de nossas esperanças é simplesmente inevitável. Não há como
falar do futebol brasileiro sem lembrar do Grêmio que motivava a todos com um
futebol de força, de garra, de alma. Esse era o desejo do torcedor, a volta de
um Grêmio que luta sobretudo pela honra, agora um tanto pisoteada pelos campos
afora.
Grêmio,
atualmente, tem se modernizado em relação ao futebol. Além de softwares que
permitem uma análise minuciosa do rendimento dos jogadores, Koff iniciou
parcerias com outros clubes com foco nas categorias de base. Também há projetos
de expansão da marca Grêmio, ou seja, o Grêmio não parou no tempo e Felipão em
união com o clube estará preparado para exercer um trabalho eficaz e de grande
conhecimento no futebol atual.
Desse
modo, por mais diversas que sejam as teses dos doutrinadores do futebol
brasileiro, o gremista sabe que, enfim, é chegada a hora de acreditar. Porque o técnico das grandes conquistas voltou. O responsável pela vergonha do gurizinho em contar para os coleguinhas que torcia
pro Inter voltou. E o time mais aguerrido do Brasil voltou. O Grêmio mais temido ressurge.